Skip to content

Blog

  • Textos
  • Temas
    • Inovação aberta
    • ESG e Sustentabilidade
    • Filantropia
    • Cases
    • Para empreendedores
      • Validação
      • Tração e Escala
      • Investimento
    • Sobre Nós
  • Podcasts
  • Webinars
  • Para download
Menu
  • Textos
  • Temas
    • Inovação aberta
    • ESG e Sustentabilidade
    • Filantropia
    • Cases
    • Para empreendedores
      • Validação
      • Tração e Escala
      • Investimento
    • Sobre Nós
  • Podcasts
  • Webinars
  • Para download
Search
Facebook Instagram Linkedin
Acesse o site do Quintessa
Search
Menu
  • Textos
  • Temas
    • Inovação aberta
    • ESG e Sustentabilidade
    • Filantropia
    • Cases
    • Para empreendedores
      • Validação
      • Tração e Escala
      • Investimento
    • Sobre Nós
  • Podcasts
  • Webinars
  • Para download

sustentabilidade

Empresas e startups mostram que sustentabilidade é um bom negócio

Parcerias entre startups de impacto e grandes empresas mostram na prática como integrar sustentabilidade e resultados para o negócio Por mais que os temas de impacto socioambiental positivo e ESG estejam ganhando relevância e começando a ser vistos amplamente entre os executivos, percebemos que para muitos ainda é difícil tangibilizar a visão de que ações de impacto positivo e sustentabilidade não devem ser enxergadas como custo e podem ser fonte de novos negócios. Na última semana, a Reserva anunciou uma parceria com a Equal, um negócio de impacto especializado em roupas adaptadas para pessoas com deficiência. A Reserva lançou uma linha de roupas adaptadas para esse público, que inclui, por exemplo, ímãs no lugar de botões e zíper na lateral das calças. Além da iniciativa promover a inclusão, trazendo liberdade e autonomia para as pessoas com deficiência, a Reserva também amplia o seu mercado, pois milhões de novas pessoas agora irão consumir seus produtos. No Brasil, 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, o que representa quase 25% de toda a população. Há outros exemplos nesta linha, como a Freeda, que aceleramos este ano e traz peças para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, como idosos com Alzheimer. O mesmo vale para o Magazine Luiza e a Azul, que ao contratarem a Hand Talk, startup de impacto com uma tecnologia que traduz o português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), passaram a ter um site acessível para as mais de 10 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva no Brasil. Muitas vezes, o que chamamos de minorias são na realidade maiorias minorizadas. Trata-se de um amplo mercado, com milhões de potenciais clientes que hoje são mal atendidos pelo mercado. É o caso quando pensamos em mulheres, pessoas pretas, pessoas de baixa renda. Passar a enxergar esses grupos como potenciais clientes e criar soluções relevantes para eles pode revelar novos mercados ainda não ocupados. No Quintessa, temos vivenciado há 12 anos a integração estratégica entre impacto e resultado financeiro e acreditamos que a conexão com as startups de impacto é um caminho rápido e eficaz para criar iniciativas com esse objetivo. A boa notícia é que as empresas já começaram a apostar nas parcerias com startups e não faltam exemplos, como os citados acima, para inspirar demais empresas a fazerem o mesmo. Enxergamos quatro principais objetivos para as empresas se conectarem a startups de impacto: integrar impacto positivo à agenda de inovação e novos negócios; trazer as startups para implementar práticas ESG e alcançar metas de sustentabilidade; apoiar startups de impacto nas ações de filantropia, e realizar investimentos, fusões e aquisições. Este é um trecho da coluna de Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, no Um Só Planeta. Este texto foi escrito em co-autoria com Mariana Valle. LEIA O TEXTO COMPLETO NO UM SÓ PLANETA 

Leia Mais »

O que a Terraformation nos ensina sobre investimento em cleantechs

Rodada de USD 30 MM de uma startup de impacto ambiental desafia critérios clássicos de investimento em startups Venture Capital (VC) é considerado um business estatístico: de 200 startups que são financiadas pelos principais VCs do mundo, apenas 15 delas geram quase todo o retorno econômico desses fundos, aponta levantamento do CFI. Esta modalidade de investimento consiste na compra de equity (participação acionária) de empresas emergentes. Ao virar sócio, a aposta é a valorização das ações e sua realização em uma possível saída (vendendo essa participação para outro investidor ou via IPO). Por estar inserido em um contexto de tanto risco, a tese de investimento da maioria dos fundos de VC tende a seguir alguns parâmetros de mercado. Esses parâmetros delimitam o risco que os investidores estão confortáveis em comprar: captable (composição acionária dos sócios) coerente com a rodada, time de fundadores com experiência, mercado com tamanho suficientemente grande e potencial de escala são algumas das premissas clássicas de investimento. Assim, não é novidade que a maioria dos investidores de risco priorizam startups que são digitalmente escaláveis. Quanto mais rápido a empresa crescer, maior sua valorização em um determinado período. Não é apenas sobre priorizar modelos inovadores com propostas de valor sólidas. É também sobre garantir que a startup cresça exponencialmente utilizando o mínimo de ativos possíveis neste ganho de escala. À primeira vista, pode-se enxergar estes critérios de investimento de risco com muita sinergia com as startups de impacto. Elas possuem soluções que resolvem tanto demandas de mercado como problemas socioambientais críticos para a sociedade, assim, expandir a operação de maneira rápida significa dar potência a soluções de problemas reais de forma eficiente. Seguindo esta lógica, escalar a operação da empresa significa aumentar o impacto gerado. No entanto, apesar desta tese ser verdade para uma parcela das startups de impacto, nem todo problema crítico que estamos vivendo pode ser solucionado apenas por soluções digitalmente escaláveis. Ao colocar esse critério como premissa, abre-se mão de um grande volume de potenciais cases. Por exemplo, startups que trazem soluções robustas para superar desafios complexos (o que leva a um tempo de crescimento menos acelerado e em geral, a abordagens mais profundas e menos escaláveis). A grande maioria de startups de impacto ambiental se propõe a enfrentar desafios complexos. Em muito dos casos, contam com uma operação de economia real: problemas como acesso à energia renovável, eficiência na reciclagem ou tratamento de resíduos muitas vezes precisam ser resolvidos por operações que demandam investimentos em painéis solares, frotas logísticas e estações de tratamento, ou seja, são estratégias de investimento intensivas em ativos. Não por isso deixam de trazer elementos de inovação para solucionar problemas reais ou de ter menor capacidade de resolvê-los em escala. É neste cenário que a notícia do primeiro round da Terraformation causa um misto de curiosidade para o mercado e esperança para empreendedores comprometidos com a pauta ambiental. Fundada pelo ex-CEO da Reddit, Yishan Wong, a Terraformation visa ajudar as organizações a compensar suas próprias emissões de carbono. Auxiliando no financiamento, planejamento de projetos, consultoria e desenvolvimento de tecnologia, a meta da empresa é restaurar três bilhões de acres de ecossistemas florestais nativos globais. Este é um trecho da coluna de Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, no Um Só Planeta. Este texto foi escrito em co-autoria com Fabiana Goulart. LEIA O TEXTO COMPLETO NO UM SÓ PLANETA

Leia Mais »

Diálogos Quintessa | Entrevista com Carolina Pecorari, da Ambev

Na terceira edição do Diálogos Quintessa, convidamos Carolina Pecorari, diretora de Sustentabilidade e ESG da Ambev para a América Latina. Falamos sobre as metas de sustentabilidade da Ambev, o processo de definição delas e o papel da inovação aberta e das iniciativas internas para alcançá-las, além de como a sustentabilidade está distribuída em toda a companhia. Você pode acessar a entrevista na íntegra em formato de áudio e vídeo, ou na leitura do texto abaixo. Como foi a sua trajetória na Ambev e quais suas principais responsabilidades hoje? Cheguei na Ambev em 2013 a convite de um amigo, com um frio na barriga de sair do escritório de advocacia em que trabalhava. Comecei como especialista sênior no jurídico corporativo, na área de fusões e aquisições, com o dia a dia societário e contratos. Depois de dois anos nessa área fiz o investimento da Ambev na Cervejaria Wals, e criamos a ZX Ventures, que na época era o braço de inovação da Ambev para fazer testes. Com essa entrega me tornei sócia da Ambev e assumi a gerência regional jurídica SP-SUL, saindo completamente da minha zona de conforto e do que estava acostumada a fazer. Depois fui convidada para uma vaga de Gerente Jurídico e de Relações Corporativas, em que fiquei por quatro anos com muito amadurecimento, crescimento e desafios. Durante esse período tive o meu primeiro filho, e quando ele estava com um ano e meio comecei a me questionar: o que estou fazendo para o mundo que o meu filho vai viver? A famosa busca por propósito.  Este momento, em 2018, coincidiu com o anúncio das metas de Sustentabilidade para 2025 da Ambev, em que percebi que para buscar esse propósito não precisaria sair da empresa, poderia fazer uma mudança de área. Já tinha alguns amigos que trabalhavam na área de Sustentabilidade e meus chefes na época sabiam o que eu estava buscando, então comecei a conversar com algumas pessoas, e naquele momento o antigo diretor de Sustentabilidade estava de saída. Só que eu estava grávida de dois meses da minha segunda filha, pensando se já contava ou não (costumo contar após o terceiro mês), e quando conversei com o Rodrigo, meu atual chefe, VP de Sustentabilidade e Suprimentos já estava com cinco meses de gestação, então perguntei sobre isso, que em poucos meses sairia de licença maternidade. Foi muito bacana porque eu testei o ‘walk the talk’, se a companhia estava mesmo comprometida com o que vinha falando, e ele reagiu muito bem, de que não havia problema nenhum, que eu sairia de licença e quando voltasse faríamos as grandes entregas. Voltei da licença no começo da pandemia e já teve bastante coisa que entregamos e que teve bastante reconhecimento. Quando eu comecei, a área era Sustentabilidade e Tecnologia para compras, a medida que foi crescendo, assumi empreendedorismo, relacionamento com fornecedores e CVC. No início do ano tiramos a parte de tecnologia da minha responsabilidade porque os assuntos estavam muito grandes e as agendas incompatíveis. Então esses são meus principais desafios hoje. 06:00 | Quais são as metas de sustentabilidade da Ambev e como foi o processo para a definição delas? A sustentabilidade na companhia vem de longa data, antes de sermos Ambev, quando éramos Brahma e Antarctica. Nosso ex-CEO, Carlos Brito, sempre disse que “a sustentabilidade não faz parte do nosso negócio, ela é o nosso negócio”. Então sempre tivemos metas internas com olhar pra dentro de casa, relacionadas à descarbonização, eficiência hídrica, eficiência energética e redução de resíduos. Ao longo do tempo fomos amadurecendo e tendo mais consciência de que a gente fazia parte de um ecossistema muito maior, não só dentro da nossa empresa, nos nossos muros e com nossos funcionários. Começamos a olhar desde o agricultor que planta a cevada, a mandioca e outras matérias primas, passando pelos nossos funcionários, pelos pontos de venda e até os milhões de consumidores, e começamos a perceber que tudo que a gente fazia impactava também e temos esse papel de agir e impactar positivamente, transformando de forma positiva o ecossistema. Em 2018, quando anunciamos nossas metas para 2025, incluímos também o ecossistema. Fomos uma das primeiras empresas a incluir, por exemplo, metas de carbono pensando também na nossa cadeia de valor. Nossas metas para 2025 estão divididas em cinco metas globais, sendo uma delas o Empreendedorismo, que incluímos aqui no Brasil, e quatro ambientais: Água: ter 100% das comunidades em áreas de alto estresse hídrico em que operamos com melhoria na qualidade e disponibilidade da água de forma mensurável Agricultura sustentável: ter 100% dos agricultores com os quais nos relacionamos devidamente treinados, conectados e com estrutura financeira para desenvolver o plantio de forma mais sustentável Mudanças climáticas: 100% de nossas operações operando com energia renovável e 25% de redução de emissão de carbono em toda a cadeia (escopos 1, 2 e 3, nossas próprias operações, energia comprada, embalagem, agricultura e logística) Economia circular: 100% das embalagens dos produtos retornáveis ou com conteúdo majoritariamente reciclado Empreendedorismo: 100% dos pequenos e médios empreendedores capacitados e criando valor para o ecossistema com inclusão, inovação e colaboração  As metas são grandes guias para nós, mas não nos limitamos a elas. Se enxergamos oportunidades que podemos ir além do que definimos lá atrás e, melhor ainda, que podem beneficiar mais parceiros do nosso ecossistema, lançamos e corremos atrás para alcançar esse novo desafio. Dois grandes exemplos disso, são: o compromisso do plástico, que anunciamos no início deste ano, cujo objetivo é eliminar a poluição plástica das nossas embalagens até 2025, seja através da redução e/ou substituição do uso do plástico nas embalagens, seja usando somente conteúdo reciclado, seja usando novas tecnologias tanto para tornar o plástico reciclável, quanto para biodegradação do plástico sem prejuízo ao meio ambiente, sempre com apoio de parceiros, que incluem fornecedores, cooperativas de reciclagem, startups e universidades. Já reduzimos em um terço a quantidade de plástico usada nas nossas embalagens. Outro grande exemplo foi a solução de estender a iniciativa de abastecer nossas operações com energia solar

Leia Mais »

Caminhos práticos para as empresas se aliarem às startups para reduzirem suas emissões

Startups e corporações podem se juntar para fomentar inovação e sustentabilidade em diversas cadeias de valor As emissões de gases de efeito estufa vêm sendo amplamente entendidas como uma questão prioritária para o mercado. O crescimento de metas net-zero de grandes empresas, muitas vinculadas à bonds mais baratos, é apenas uma (e talvez a mais marcante) materialização disso. Para o Quintessa, que já está há mais de 11 anos trabalhando com soluções de mercado para superação dos nossos desafios sociais e ambientais junto a startups e grandes empresas, é ótimo ver o tema transcendendo espaços e indo além das tradicionais mesas com academia, governo e terceiro setor. Por já termos concordado, como sociedade, que esse é um dos temas prioritários para avançarmos, esse texto se foca em uma abordagem prática de como podemos atacar este desafio. Nós temos tido experiências muito positivas em ajudar grandes empresas a baterem suas metas de sustentabilidade através da inovação aberta. Esse é um caminho eficaz, rápido e menos arriscado de endereçar desafios, pois as startups já desenvolveram muitas das soluções, o que exime as grandes empresas de precisarem começar do zero. Assim, apresentamos aqui soluções de startups para o desafio da diminuição das emissões de carbono, e que podem ser válidas para distintos perfis de empresa. Logística No quesito eletrificação de frotas, startups como Voltz e Origem vêm crescendo e mostrando que é viável produzir motocicletas elétricas nacionais. A E-Moving, startup acelerada pelo Quintessa, vem trabalhando com consumidores finais e empresas para difundir a bike elétrica como meio de transporte. Também para o last-mile, mas abrindo o flanco para maiores distâncias, a FNM está voltando, desta vez com caminhões elétricos. A Courri, também acelerada pelo Quintessa, colocou de pé um modelo logístico movido ao combustível mais limpo de todos: pedaladas. Em 2019, a B2W viu o movimento e adquiriu a startup. Startups em estágios mais embrionários, na fronteira do desenvolvimento de tecnologias em biocombustíveis e ganho de eficiência em baterias, também têm um papel relevante na temática de logística limpa. Uma observação importante para a opção de eletrificação de frotas se refere à matriz energética que está alimentando esses motores. No Brasil, 70% da matriz elétrica é limpa. Apesar de ser melhor que muitos outros países, ainda temos muito o que evoluir, o que leva ao assunto seguinte… Matriz energética Tornar a matriz mais limpa passa por ações de diversos atores e as grandes empresas têm um papel importante de indução e desenvolvimento destas soluções. A instalação de placas solares, que é normalmente a primeira iniciativa que vem à mente, pode ser feita com ajuda de startups como SolarGrid e a SolStar, e é um caminho cada vez mais vantajoso, à medida que a tecnologia por trás das placas evolui. O modelo de assinar placas, como o da Solar21 também tem apelo e é uma forma mais barata de começar. Outras fontes de energia, como o biogás produzido pela acelerada do Quintessa HY Sustentável também vem ganhando relevância, principalmente em cadeias alimentícias. Ademais, a migração da origem da energia elétrica da sua cadeia pode ser feita sem necessariamente a implantação de equipamentos nas instalações das empresas. Modelos de assinatura de créditos de energia limpa, como o da Lemon e da NewSun são saídas para se adotar em cadeias mais pulverizadas. Existem também grandes comercializadoras oferecendo energia limpa no mercado livre. Ganho em eficiência energética, uma pauta que é intimamente ligada ao retorno financeiro, uma vez que a economia de energia leva a menores gastos, também pode ser endereçado por startups, como a GreenAnt, que ajuda a mensurar perdas e ineficiências. Este é um trecho da coluna de Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, no Um Só Planeta. Este texto foi escrito em co-autoria com João Ceridono. LEIA O TEXTO COMPLETO NO UM SÓ PLANETA 

Leia Mais »
innovability inovabilidade

Innovability: o que é e porque você deveria conhecer

Há anos, a inovação e a transformação digital vem sendo colocados como fatores decisivos para a sobrevivência das empresas no nosso tempo. Nos últimos 10 anos, o número de startups no Brasil cresceu 20 vezes, com um grande salto em 2018. Grandes empresas passaram a não só inovar internamente, mas se relacionar com esse ecossistema. Vimos o surgimento de hubs de inovação, plataformas digitais e co-workings patrocinados pelas grandes corporações.  Recentemente, tivemos uma mudança: apesar de um conceito e prática com décadas de existência, nos últimos dois anos a sustentabilidade passou a ser reconhecida como fator chave para a sobrevivência das empresas. Porém, muitos ainda não perceberam o valor em incorporar a sustentabilidade nos processos de inovação. Em muitas empresas ainda existe uma desconexão entre os compromissos de sustentabilidade com a criação de novos negócios e produtos.  Imagine, por exemplo, uma área de inovação trabalhando no lançamento de novos produtos em novas embalagens, enquanto a área de sustentabilidade está com o desafio de trabalhar em programas de logística reversa para as embalagens atuais da marca. Não faria sentido as duas áreas conceberem juntas um produto em embalagens mais sustentáveis, feitas com outros tipos de materiais, biodegradáveis ou de mais fácil reciclagem, por exemplo? É do potencial desta conexão que surge o termo Innovability, ou Inovabilidade. A palavra tangibiliza a crença de que a inovação e a sustentabilidade devem ser inseparáveis, não somente como áreas de negócio, mas como pilares estratégicos para toda a empresa. Em uma publicação da London School of Economics (LSE), os autores demonstram duas razões pelas quais estas agendas ainda estão desconectadas. A primeira é a falta de processos que realmente incluam a sustentabilidade na jornada de inovação desde os estágios iniciais. A sustentabilidade deve ser inserida desde os primeiros passos de uma inovação. A segunda razão é o gap entre as áreas de negócio e a área de sustentabilidade. Isso é reflexo de uma estrutura organizacional há muito tempo já estabelecida, com os dois times trabalhando por objetivos e metas muito distintas. É tempo de reestruturar as organizações para se adaptarem às novas demandas. Leia mais: Como empresas podem unir a geração de impacto positivo à estratégia de inovação e novos negócios A inovação aberta como aliada das metas de sustentabilidade e práticas ESG das grandes empresas O uso do termo Innovability não é sobre criar mais um conceito dentre tantos que já existem hoje, como ESG, valor compartilhado, Empresas B, capitalismo consciente… Mas sim sobre consolidar essa visão de que os dois processos são indissociáveis.  A Inovabilidade indica a capacidade de uma organização de inovar de forma sustentável e de alavancar a sustentabilidade como forma de inovação, novos negócios e diferenciação. O Quintessa acredita muito nesta visão estratégica, de ter a sustentabilidade como lente para enxergar novos negócios – bem como entender que processos de inovação, como a inovação aberta, podem ser muito eficazes para atingir os objetivos de sustentabilidade. Aqui no Brasil, além da nossa menção ao conceito em nossa publicação Guia para Inovar com Impacto, a referência que temos visto utilizando o conceito é Ricardo Voltolini, CEO da Ideia Sustentável, por quem conhecemos o termo. Na prática Uma empresa que se destaca e pauta este tema é a Enel, que criou um departamento de Innovability dentro da empresa, tornando as duas áreas indissociáveis. Desde 2014 a Enel faz da inovação e sustentabilidade seus pilares estratégicos por meio da inovação aberta, trazendo soluções de startups, universidades, pesquisadores, fornecedores, colaboradores e outras empresas. “Nós trabalhamos no innovability, um termo que combina os dois conceitos, e não somente em palavras, porque acreditamos que é impossível separá-los. Não podemos pensar em inovação sem ser sustentável, e vice-versa.” Ernesto Ciorra, Chief Innovability Officer da Enel. A iniciativa chamada de “Open Innovability” já envolveu mais de 100 países, com hubs em 32 deles, e 7 mil soluções propostas. Outras empresas que trabalham o conceito internamente são a EDP, também do ramo de energia, na crença de que “os desafios de mercado devem ser encarados sob uma perspectiva de reinvenção completa” e a Suzano, que se pauta na Inovabilidade para  “pensar fora da caixa e enxergar longe para lidar com os desafios do século 21”. Sem a utilização do conceito, mas enxergando as ações na prática, vale a menção à Vedacit, que unifica sob a liderança de Luis Guggenberger as áreas de Sustentabilidade, Inovação e Responsabilidade Social (Instituto), e o Braskem Labs, programa de inovação aberta da Braskem, que é originado e é até hoje gerido pela área de Desenvolvimento Sustentável. Leia também: Entrevista com Luis Guggenberger no Diálogos Quintessa Em tempos de grandes e rápidas mudanças, a inovação e a sustentabilidade passam a ser prioridade para qualquer empresa que deseja garantir sua relevância em um futuro próximo e devem andar juntas.  No Quintessa, acreditamos que a inovação é o caminho para alcançar soluções escaláveis para os desafios de sustentabilidade e ESG das grandes empresas, e que desafios de sustentabilidade podem ser oportunidades de inovação e diferenciação para as empresas.  As áreas e as pessoas já existem, a mudança é sobre introduzir uma nova lente e reorganizar os processos e estruturas para promover a Inovabilidade. Este tema faz parte do Guia para Inovar com Impacto, publicação inédita do Quintessa que apresenta um passo a passo para criar programas de inovação aberta que gerem valor para o negócio e impacto socioambiental positivo. Acesse o Guia completo aqui! Sugestões de leitura: How to embed sustainability into the innovation funnel – LSE Business Review

Leia Mais »
startups-gestao-de-residuos

Gestão de resíduos: um panorama sobre negócios de impacto que endereçam esse desafio

Análises e aprendizados sobre o pipeline de startups que atuam na temática O 3º Mapa de Negócios de Impacto lançado este ano pela Pipe Social contou com um estudo especial sobre negócios da área ambiental. Ao todo, foram 536 negócios mapeados alinhados à agenda ambiental, com atuação nos setores da agropecuária, florestas e uso do solo, indústria, logística e mobilidade, energia e biocombustíveis, água e saneamento e gestão de resíduos. Alguns dados merecem destaque sobre estas startups: 39% delas ainda não tiveram faturamento e 28% faturaram até R$100 mil em 2019. Em 45% delas, a necessidade por capital se mostra presente e dos que já receberam algum tipo de recurso, 68% acessaram um bolso filantrópico. Sob a perspectiva de impacto, 42% dos negócios mapeados estão voltados à gestão de resíduos, o que mostra que grande parte das greentechs estão de olho no “lixo” como negócio. E não é só no Mapa da Pipe Social que isso se comprova. Este é o 3º ano que o Quintessa é o parceiro do Braskem Labs, o programa de inovação aberta da Braskem que faz parte da estratégia de Desenvolvimento Sustentável da empresa – acelerando startups que geram impacto socioambiental positivo na cadeia do plástico e da química. Procuramos por negócios com foco em agronegócio, biotecnologia, construção e infra, economia circular, embalagens, mobilidade e química sustentável. O Labs conta com duas turmas: o Ignition, para negócios em estágio de validação do modelo de negócio, e o Scale, para negócios onde o desafio é estruturar a gestão e impulsionar o crescimento. Na edição deste ano recebemos aproximadamente 400 inscrições, sendo 25% dos negócios inscritos os de economia circular. Desses, menos da metade eram elegíveis para o programa do Scale, sendo direcionados para o Ignition, o que demonstra que, de fato, a maioria dos negócios desse setor está em estágio inicial de desenvolvimento. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) instituída em 2010 abriu uma série de oportunidades para empreendedores desenharem modelos de negócio que auxiliassem os geradores a cuidarem da destinação correta dos resíduos. O que por um lado parece oportuno demais, por outro faz com que o mercado se torne bastante habitado por soluções similares, o que costumamos chamar de “oceano vermelho”. Buscar por diferencial competitivo nesses casos é a base para garantir um posicionamento sólido no mercado. É interessante notar nas inscrições do Braskem Labs a quantidade de negócios focados em coleta e destinação correta de resíduos pós consumo por meio de benefícios para o consumidor final. Geralmente se configuram em modelos de recompensa para quem leva o seu resíduo separado (pet, vidro, alumínio etc) por meio de pontos ou outros benefícios. So+ma e Molecoola são dois ótimos exemplos que passaram no Braskem Labs em 2019 e 2020, respectivamente. Como eles, vários outros vêm surgindo. Outro exemplo são as empresas de rastreabilidade da cadeia de resíduos, como a Plataforma Verde ou a Circular Brain. Aqui estamos falando de plataformas de logística reversa que permitem a integração de todos os players da cadeia, bem como monitoramento deles, promovendo um aumento da entrada de resíduos no ecossistema. Além deles, há diversas outras startups que já aceleramos e que trazem soluções para a logística reversa, relacionamento e melhoria das cooperativas, como Boomera, Instituto Muda, Recicleiros, Gaia/Viraser, GreenMining, BRPolen, Arco Resíduos, Solos e Biocicla. Com tantas soluções habitando esse mercado, a pergunta que fica é: como se diferenciar nesse mercado? Sabemos que ele está se desenvolvendo e que talvez essa resposta também esteja. Mas já dá para reconhecer algumas pistas. Destacamos aqui algumas delas. Este é um trecho da coluna de Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, no Um Só Planeta. Este texto foi escrito em co-autoria com Thaís Fontoura. LEIA O TEXTO COMPLETO NO UM SÓ PLANETA

Leia Mais »

Guia para inovar com impacto | Passo a passo para Inovar com Impacto

Está no ar o “Guia para inovar com impacto”, uma publicação do Quintessa que apresenta um passo a passo para criar programas de inovação aberta que gerem valor para o negócio e impacto socioambiental positivo. Compartilhamos nossa metodologia para apoiar grandes empresas, institutos e fundações a avançarem nesta agenda, detalhando a abordagem dentro de três pilares: novos negócios, sustentabilidade e ESG, e filantropia corporativa e responsabilidade social. A publicação tem patrocínio da Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto. Faça download aqui

Leia Mais »

Investimentos ESG e de Impacto: qual a diferença?

ESG e investimentos de impacto têm ganhado espaço nos últimos anos e meses, mas apesar de terem um princípio em comum, é importante esclarecer que são conceitos distintos.  Os dois conceitos partem do mesmo princípio – de que não basta apenas gerar retorno financeiro, mas é preciso considerar o efeito gerado pelo investimento. Ambos estão dentro de uma camada mais ampla de investimentos responsáveis. Diferenciando os dois conceitos Os investimentos que levam em conta a análise dos fatores ESG têm um olhar mais focado no “como” a empresa opera, se tem práticas nos aspectos ambiental (E), social (S) e governança (G) que geram impacto positivo ou negativo.  Os investimentos de impacto tem foco no “por que” e “o que” a empresa faz, ou seja, se o seu core business (sua atividade principal) resolve desafios sociais e ambientais. Enquanto investimentos ESG têm uma abordagem para identificar riscos não-financeiros que podem afetar o valor do ativo, sendo parte de um processo de análise, os investimentos de impacto dizem sobre o tipo de investimento que o(a) gestor(a) está buscando e sua intencionalidade. Fazendo uma analogia simples: ao fazer um investimento ESG, eu posso aportar recursos em uma empresa que vende um iogurte comum, mas com práticas adequadas em termos  sociais, ambientais e de governança – por exemplo, com uma correta destinação dos resíduos da produção e uma justa remuneração dos produtores de sua cadeia produtiva. Ao fazer um investimento de impacto, seria preciso escolher, por exemplo, uma empresa que tem foco em mudar o cenário de subnutrição, com um iogurte reforçado com vitaminas e um preço acessível à população que enfrenta a subnutrição – tendo em seu core business o foco em resolver um desafio social e ambiental. Podemos dizer que o ESG é um “guarda-chuva” mais amplo. O investimento com foco em ESG, além do retorno financeiro, busca também, em primeira instância, mitigar riscos ambientais, sociais e de governança para proteger valor, ou ainda, adotar práticas positivas nestes três âmbitos, para aumentar seu valor.  Os investimentos de impacto possuem um foco distinto, pois têm a intenção e o foco em soluções para os desafios sociais e ambientais, por meio das atividades core das empresas investidas. A expectativa de retorno sobre os investimentos de impacto varia bastante de acordo com o perfil dos investidores, e podem ser mais ou menos competitivas, como vemos nos três quadros da imagem acima.  Segundo o relatório ‘Investimento de Impacto na América Latina’, elaborado a cada dois anos pela Aspen Network of Development Entrepreneurs (Ande), dos 28 investidores respondentes, quase metade espera taxas alinhadas às de mercado, enquanto uma parcela menor aceita taxas um pouco inferiores. Os 11 investidores, que respondem por menos de US$ 100 milhões, fazem alocação com intenção de preservar capital.  O que são os investimentos ESG Os investimentos ESG (ASG, em português) são aqueles que consideram os fatores ambientais, sociais e de governança na análise e no processo de tomada de decisão. Com uma análise mais ampla se comparada à dos investimentos tradicionais, é frequentemente utilizada como uma forma de se melhorar o desempenho financeiro. Segundo o CFA Institute, cada letra refere-se a: E – Ambiental (Environmental, em inglês) | Medida da conservação do mundo natural, que inclui os esforços relacionados às mudanças climáticas, emissões de gases de efeito estufa, poluição, biodiversidade, gestão de resíduos e efluentes, etc. S – Social | Medida da consideração das pessoas e sua relação com a empresa, como satisfação do consumidor, engajamento dos funcionários, diversidade, relação com comunidades, proteção de dados, relações de trabalho, etc. G – Governança | Medida dos padrões de gestão de uma empresa que tratam da composição do conselho de administração, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, processos para evitar corrupção, ouvidoria, etc. O termo foi cunhado em 2005, no Estudo chamado “Quem se importa vence.” realizado pelo Pacto Global. O ESG não é um produto ou classe de ativos, é um critério de análise e um novo olhar na decisão por um investimento. Existe a separação em investimentos que são “mitigadores de risco”, impactando a análise e diligência na decisão de investimento, e outros que são focados em “oportunidades positivas”, buscando proativamente o progresso dentro dos três pilares.  Cada vez mais há dados que mostram que os investimentos focados em oportunidades de progresso são mais rentáveis a longo prazo, por correlações, por exemplo, entre a busca da redução das emissões de carbono e a redução de custos com energia, entre uma maior diversidade entre o time e uma maior produtividade, retenção e engajamento deste time, e mesmo entre uma maior geração de valor e fidelização dos clientes. Cada vez mais vemos grandes empresas emitindo dívidas vinculadas a metas de descarbonização, com a identificação como ESG. São exemplos as captações da Sicredi e da Fazenda da Toca, e mesmo fundos que se identificam desta maneira, como o da Plural Asset. Ao mesmo tempo, é comum a discussão sobre a adequação ou não dessa identificação, como o caso da dívida emitida pela Via, o que convoca ao cuidado neste tipo de análise. O que são os investimentos de impacto Os investimentos de impacto são aqueles que têm a intencionalidade clara de gerar impacto social e/ou ambiental de forma mensurável, além do retorno financeiro (GIIN – Global Impact Investors Network).  O termo surgiu em 2010, no relatório do JP Morgan “Impact Investments: an emergent asset class”, que incluiu a lente dos impactos sociais e ambientais positivos além do retorno financeiro. Os investimentos de impacto são então os investimentos feitos em negócios e soluções empreendedoras com intencionalidade clara de resolver um desafio social ou ambiental, como a melhoria da educação, acesso à saúde, gestão de resíduos, fontes de energia renovável, entre outros, ao mesmo tempo que geram retorno financeiro – os chamados negócios de impacto.  Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), os quais estão por trás da Agenda 2030, são comumente usados como base para fundamentação sobre a relevância do desafio que se busca superar. No conceito sistematizado pela Aliança pelos Investimentos e Negócios

Leia Mais »

Economia Donut: a tese sobre os 5 estágios das empresas na transição para um modelo mais sustentável

Não é de hoje a percepção e o alerta de que os modelos econômico, industrial e empresarial estão pressionando os limites sustentáveis do planeta. Há um movimento de muitas empresas e indivíduos em busca de alternativas e ações para reduzir o seu impacto negativo e gerar impacto positivo. São diversos modelos, agendas e pensamentos propostos para apoiar as empresas e toda a sociedade nessas ações, por exemplo a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Um dos modelos propostos para gerar transformação sistêmica envolvendo os diferentes setores rumo a um futuro sustentável é a Economia Donut. Criado pela economista inglesa Kate Raworth, o Donut propõe uma nova lógica para pensar a economia, que leva em conta a dignidade humana e os limites ecológicos do planeta. Na Economia Donut, o espaço seguro e justo para a humanidade deve se manter dentro da “rosquinha”, por isso o nome Donut. Indicadores abaixo disso mostram uma privação humana em áreas como educação, água, energia, igualdade de gênero (baseadas nos ODS), e quando os indicadores ultrapassam a parte exterior do Donut, significa que aquele país ou cidade avaliado estaria ultrapassando o teto ecológico que o planeta pode sustentar. Qual o papel das empresas nessa nova economia? Segundo a economista, quando as empresas tomam consciência de que precisam fazer parte da solução e adotar práticas mais sustentáveis, podem apresentar diferentes tipos de comportamento.  Ela apresentou o conceito para diversos líderes empresariais e recebeu respostas distintas sobre o que cada uma das empresas estaria fazendo para preservar o planeta e gerar desenvolvimento humano.  Kate entendeu que a variedade de respostas demonstra que empresas estão em diferentes momentos nessa transição de um modelo degenerativo para uma concepção regenerativa, e dividiu em 5 estágios, os quais chamou de “Lista de Tarefas das Corporações”: Não fazer nada Fazer o que compensa Fazer a parte que nos cabe Não provocar danos Ser generoso e regenerativo 1. Não fazer nada Essa é a mais velha e simples resposta.  “Por que mudar o nosso modelo de negócios, raciocinam eles, quando ele vem dando forte retorno? Nossa responsabilidade é maximizar os lucros, de modo que, enquanto não forem introduzidos impostos ou cotas ambientais para alterar os incentivos que temos pela frente, continuaremos assim. O que estamos fazendo é (na maior parte) legal, e, se formos multados, tendemos a considerar isso um custo operacional.”  Durante muito tempo essa foi a postura que prevaleceu, tratando a sustentabilidade como um custo. Porém, não há mais tempo para pensar assim. Por exemplo, as mudanças climáticas já estão afetando os negócios. Empresas que dependem, por exemplo, de fornecedores agrícolas para fabricar roupas, alimentos, vinhos, refrigerantes ou cervejas, começam a perceber (inclusive no bolso) a consequência que o aumento da temperatura global está causando nas cadeias de abastecimento de seus produtos. Grande parte das empresas já reconhece que ‘não fazer nada’ deixou de ser uma estratégia inteligente e a resposta do estágio 2 se tornou mais comum.  Leia mais: Uma nova forma de negócios está aqui – e veio para ficar. Por que ignorá-la não é uma opção? 2. Fazer o que compensa O segundo estágio diz respeito a adotar medidas ecoeficientes que reduzam custos ou promovam a marca. Por exemplo, a redução da utilização de água e energia na indústria são algumas medidas que tendem a reduzir custos. Em outras palavras, a empresa começa a contribuir com soluções, mas em uma abordagem utilitarista. “A Volkswagen ganhou notoriedade em 2015, quando se descobriu que havia introduzido deliberadamente uma modificação no software do sistema de injeção eletrônica de milhões de seus carros a diesel de forma a programar seus motores para funcionar no modo de baixa emissão de poluentes durante os testes regulatórios, reduzindo de maneira significativa os índices de emissões de óxido de nitrogênio e dióxido de carbono.” Nesse estágio, segundo a autora, também se encaixam os “produtos verdes”, cujo objetivo está na promoção da marca e diferenciação da concorrência, enquanto os demais produtos “não-verdes” continuam nas prateleiras normalmente.  Em muitos casos, as empresas oferecem esses produtos a preços mais altos e transferem a responsabilidade para o consumidor – em estar ou não “disposto”  a comprar os produtos mais ecológicos. A criação de alternativas mais sustentáveis é um começo, mas está longe de ser o que é realmente necessário. Isso quando os produtos são de fato mais sustentáveis e não somente uma ação de greenwashing, o que renderia um texto à parte. 3. Fazer a parte que nos cabe Esse estágio começa a entrar em um maior nível de profundidade e diz respeito à fazer sua parte no que se refere à mudança para a sustentabilidade. As empresas que estão com essa abordagem reconhecem a escala da mudança necessária, por exemplo, com a redução total das emissões de gases do efeito estufa ou no uso de fertilizantes. Porém, apesar de reconhecer, têm uma abordagem de se responsabilizar apenas pela sua parte, não pelo todo. A autora traz o exemplo de um banco da África do Sul que se comprometeu a destinar “a parte que lhe cabia” de financiamento, cerca de 400 milhões de dólares por ano, para investimentos em iniciativas sociais e ambientais do país, provendo energia acessível e renovável, água e saneamento para a população. É uma iniciativa incrível, mas precisamos saber o que o restante do dinheiro do banco está financiando – se é, por exemplo, a indústria de combustíveis fósseis. “…como bem sabe qualquer um que já tenha ficado com a conta do restaurante na mão depois de todos já terem contribuído com as respectivas partes, a conta quase nunca bate. Quando somos nós mesmos que determinamos o que nos cabe fazer, nunca conseguimos fazer nada – como demonstraram governos no mundo todo com seus compromissos tristemente inadequados, determinados em nível nacional, de cortar as emissões de gases do efeito estufa.”  Essa é uma visão complexa, mas o que a autora quer dizer é que muitas vezes a mentalidade de “fazer a nossa parte” pode levar a querermos “ficar com a nossa parte”.  Explico: ao

Leia Mais »

Diálogos Quintessa | Entrevista com Luis Guggenberger, da Vedacit

Se você acompanha nossos conteúdos já deve conhecer muitos dos motivos e caminhos para as empresas integrarem as agendas de inovação e impacto socioambiental. Falamos sobre a lente de sustentabilidade para a inovação e novos negócios por meio do relacionamento com as startups de impacto e trouxemos inúmeros exemplos. Uma empresa que tem realizado diversas iniciativas que integram as três agendas é a Vedacit. Para contar sobre a estratégia da empresa e as evoluções dessas práticas no dia a dia, convidamos Luis Fernando Guggenberger, gerente-executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit para o Diálogos Quintessa. Ele é responsável pela coordenação das iniciativas de Inovação Aberta e Sustentabilidade da empresa e pelo Instituto Vedacit, o que já demonstra a visão da empresa em agrupar as três áreas sob uma mesma diretoria. Você pode acessar a entrevista na íntegra em formato de áudio e vídeo, ou na leitura resumida do texto abaixo. 01:50 | A Vedacit é um exemplo de empresa que vê e aplica a sustentabilidade como uma lente para a inovação. Como isso se dá na prática?  Um incômodo que eu tenho é a forma como as empresas se organizam. Geralmente são muitos “feudos”: a área de inovação, de sustentabilidade, fundações e institutos que acabam não integrando as agendas. Algumas empresas até juntam a sustentabilidade com investimento social privado, ou a inovação com a sustentabilidade. Na Vedacit conseguimos juntar as três áreas em uma única diretoria, especialmente porque acreditamos que a sustentabilidade é um driver para inovar. Recentemente ouvi da Sônia Favaretto que temos empresas que trabalham o tema da sustentabilidade “pelo amor ou pela dor”, e agora ela inclui “por inteligência”, que é o caminho que acreditamos. Escrevemos sobre estas três vertentes neste texto. Trazendo alguns dados que temos visto dentro da construção civil, dois me tiram muito o sono: 54% dos resíduos no planeta são gerados pela indústria da construção civil (Ellen McArthur Foundation), então enquanto demonizamos o canudo plástico, temos uma quantidade enorme de resíduos vindos de demolição ou de mal dimensionamento no uso de materiais dentro das obras.  Outro dado é que temos 11 milhões de moradias inadequadas no Brasil. Muitos institutos hoje investem na Educação, em formação de professores, infraestrutura das escolas e complementação escolar… mas precisamos ter uma visão sistêmica do problema. Quando vamos olhar uma criança dentro da sua casa, ela geralmente não tem um quarto adequado para sentar e estudar no contraturno escolar, não vai conseguir fazer os deveres de casa ou estudar para uma prova. Além disso, muitas vezes essas casas não têm janelas ou ventilação, têm infiltrações que levam a mofo e por consequência, a doenças respiratórias. Antes da pandemia, a 4ª maior causa de internações eram doenças respiratórias e 36% advindas de mofo nas residências. Então além de não ter condições adequadas para estudar, essa criança ainda vai sofrer com os problemas de saúde.  Quando colocamos o olhar da sustentabilidade sobre isso como um driver para inovar, começamos a ver uma série de oportunidades para as empresas resolverem esses desafios ao mesmo tempo que geram negócios. Como fazemos na Vedacit: Na Vedacit, unificamos as 3 áreas: instituto, inovação e sustentabilidade, que têm agendas correlatas. Não trabalham 100% em conjunto pois cada uma tem suas especificidades. Nossa meta é que até 2025 queremos contribuir com a redução de pelo menos 1,5 milhão de casas inadequadas no Brasil, e olhamos como todas as áreas podem ser protagonistas nessa agenda. No âmbito do Instituto, nossa  estratégia é fomentar o ambiente de criação e de fortalecimento de negócios de impacto voltados para soluções de moradia para pessoas de baixa renda e temos um programa que acelera startups em busca desse objetivo. Está se constituindo no Brasil uma rede de negócios de impacto nessa área. Quando entrei na Vedacit há quatro anos, eu conhecia apenas 4 e hoje já temos mapeados mais de 100 negócios. Em 4 anos o mercado da reforma cresceu muito e temos investido para apoiar a constituição dessa rede, trabalhando com vários empreendedores no Brasil que tem o mesmo modelo de negócios. Outra ação que fazemos é o “preço social”, em parceria com a área comercial, para dar acesso aos nossos produtos com uma margem mais adequada para os negócios de impacto, para que possam alavancar o fluxo de caixa e também oferecer produtos de qualidade para o público de baixa renda. Por fim, temos ações de voluntariado para reforma das casas dos colaboradores, contratando os negócios ou ONGs que operam reformas olhando para o nosso público interno. No programa de inovação aberta principal, que é o Vedacit Labs, criado em 2018, a gente espera ter um próximo passo para essas startups que fomentamos via Instituto. No Labs já aceleramos 10 startups, fazemos ciclos de 4 meses com 5 startups. Começamos o programa em parceria com uma aceleradora, oferecemos espaço em coworking além de investimento pré-seed em troca de um percentual nas startups – para entender nosso fit e no futuro investir mais capital, além de proteger que entreguem as soluções co-criadas para empresas concorrentes da Vedacit.  Nós sempre olhamos soluções voltadas para sustentabilidade. Por exemplo, aceleramos uma startup com solução para gestão de resíduos em canteiro de obras. Mesmo aquelas mais focadas em tecnologia também têm relação com a sustentabilidade. A Construcode, que adquirimos, digitaliza plantas para os canteiros de obras. A realidade é que imprimimos muitas plantas, diariamente, no canteiro de obras. Em 6 meses, com cerca de 30 clientes, a startup conseguiu eliminar 9,5 caminhões de plantas impressas, o equivalente a 13 campos de futebol. Acreditamos que a tecnologia é uma grande aliada para reduzir a pegada ambiental de nossos clientes. Depois de 2 ciclos de aceleração do Vedacit Labs, criamos uma nova empresa que constrói soluções com startups e leva para o mercado da construção: a TruTec. Concebemos uma mandala do ciclo de vida de uma edificação: queremos levar tecnologias desde a melhor tomada de decisões para adquirir um terreno, levando em consideração os aspectos ambientais, urbanos e sociais da área; tecnologia para os planejamentos das

Leia Mais »
« Page1 Page2 Page3 »
Facebook-f Twitter Instagram Link

O Quintessa trabalha há 10 anos para estruturar a gestão, impulsionar o crescimento e captar investimento para negócios de impacto. Trabalhamos com negócios em validação no mercado ou já validados, faturando e em expansão. Para grandes empresas, oferecemos a possibilidade de desenvolver um programa em parceria para ajudá-las a se conectar com o ramo de startups de impacto.

Receba nossas novidades

Quintessa © 2022 Todos direitos Reservados

marinacastilho.com