Muitas são as motivações para as organizações desenvolverem ambientes mais diversos, inclusivos e com equidade. Dados do Guia Salarial 2022 mostram que as práticas de diversidade, equidade e inclusão impactam prioritariamente em melhor produtividade na percepção de 41% dos entrevistados. Mas, quando bem desenvolvidas, as iniciativas também têm potencial para impactar positivamente na cultura da empresa (38%), atrair e reter talentos (37%), tornar o ambiente mais criativo e inovador (34%) e atrair investidores (30%). Além do motivo pautado em uma visão de justiça social e desejo de transformação da nossa realidade, obviamente.
Os dados do Guia Salarial 2022 também mostram que 90% das empresas entrevistadas já fizeram alguma mudança em seu processo de recrutamento e seleção para garantir mais diversidade e inclusão nas contratações.
Com três sócias mulheres e com time interno majoritariamente feminino, o Quintessa tem em seu quadro de colaboradores uma representatividade diferente do que o mercado tradicionalmente apresenta.
A diversidade de gênero influencia nossa cultura e nossas relações. E embora este fato seja motivo de orgulho, sabemos que é uma exceção – e que representa apenas um aspecto da diversidade que queremos ter no time. Há 3 anos decidimos que era necessário ter um time mais diverso em diferentes aspectos e iniciamos ativamente nossa jornada pela inclusão de pessoas negras no Quintessa.
Como forma de mostrar um caminho possível para as organizações lidarem com a temática da diversidade e ampliarmos o diálogo sobre ela, compartilhamos aqui as principais conquistas, aprendizados e reflexões que vivemos até agora em nossa jornada nesta direção.
O ponto de partida
O início da nossa trajetória em diversidade se deu com a consciência de que tínhamos insatisfações coletivas:
Éramos uma organização diversa em gênero, mas pouco diversa em questões étnico-raciais, etárias, de pessoas com deficiência e de pessoas da comunidade LGBTQIAP+;
Tínhamos pouco conhecimento técnico e prático para endereçar essa questão;
Não havia internamente responsáveis pela pauta.
Em primeiro lugar, foi preciso criar um novo formato de orientação para o esforço coletivo: os grupos de trabalho. No início de 2020, alguns membros do nosso time criaram o Grupo de Trabalho de Diversidade (GT).
Em segundo lugar, com o GT de Diversidade estruturado, foi possível avançar no consumo e divulgação de conhecimento acerca de diversidade, equidade e inclusão. Pílulas de conteúdo, como filmes, livros, documentários e indicações de pessoas influentes passaram a figurar na nossa newsletter interna semanal.
O grupo teve também o apoio de dois mentores do Quintessa, que já participam ativamente da temática em suas empresas e projetos, para trazer benchmarks, ideias de próximos passos e suporte em aspectos práticos que não havíamos mapeado antes.
Parte do desafio de nos tornarmos um time mais diverso passava pelo formato de nosso processo seletivo. Assim, além da produção de conteúdo, o GT Diversidade também foi responsável por repensar o formato do processo seletivo, se aproximar de canais e grupos de talentos focados em diversidade e realizar as primeiras contratações com esse foco.
Este é um trecho da coluna de Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa, no Um Só Planeta. Este texto foi escrito em co-autoria com Gabriel Costa.